AS CONSEQUENCIAS DESATROSAS DO PECADO
DANIEL 605 A.C
DANIEL 605 A.C
Estudar o livro
de Daniel é uma experiência fascinante. Este é um dos livros mais fantásticos
da Bíblia. É histórico e também profético. Descreve o passado, discerne o
presente e antecipa o futuro.
O livro de
Daniel é um manual singular acerca da soberania de Deus na história. Trata de
temas relevantes como juventude corajosa, vida acadêmica, política externa,
acordos internacionais, batalha espiritual e profecia. Aborda, outrossim, temas
pessoais como santidade, oração, jejum e estudo da Palavra de Deus. O livro
revela extraordinários milagres de Deus, mas, sobretudo, fala de muitos homens
fiéis que passaram pelo vale da morte e pelos corredores da fama sem perderem
sua integridade, ainda que cercados por um ambiente com cheiro de enxofre.
O livro de
Daniel é chamado de O Apocalipse do Antigo Testamento. Deus abriu as cortinas
do futuro e revelou a Daniel os fatos que haveriam de suceder ao longo da
história. A diferença entre livros históricos e proféticos é que estes contam a
história antes dela acontecer, aqueles narram e interpretam o que já aconteceu.
O livro de Daniel proclama-nos que as coisas acontecem porque Deus as
determina.
A IMPIEDADE E
IDOLATRIA JUDÁ
Isaias
profetiza um século antes da queda para
Judá se converter da sua impiedade e idolatria nos capítulos 13; 21; 39 ;
juntamente com Miquéias 4.10; Habacuque não entendia com o Senhor poderia usar
um povo ímpio para disciplinar o seu povo Hb 1,1. O profeta Jeremias profetiza
durante o seu capitulo 25 as conquistas de Nabudonosor rei da Babilônia, e que
o cativeiro duraria 70 anos ; durante 23 anos o Senhor usou os seus servos e
profetas para pregarem ao povo que eles se arrependessem dos seus caminhos maus
; mas não deram ouvidos; Depois da
reforma de Josias, Judá voltou a se esquecer de Deus. Os filhos de Josias não
temiam a Deus como ele. Os reis foram homens ímpios. Eles não aceitavam mais
ouvir a Palavra de Deus. Alguns profetas e sacerdotes se corromperam. Os
profetas de Deus foram perseguidos, presos e mortos. Em vez de haver
quebrantamento, arrependimento e volta para Deus, o rei, os sacerdotes e o povo
se endureceram ainda mais. Contudo o rei: "... endureceu a sua cerviz e se
obstinou no seu coração, para não voltar ao Senhor, Deus de Israel” 2Cr 36.13.
Diz ainda a Palavra de Deus que: “... todos os chefes dos sacerdotes e o povo
aumentavam cada vez mais a sua infidelidade, seguindo todas as abominações dos
gentios; e profanaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado para si em
Jerusalém” 2Cr 36.14.
O IMPÉRIO
BABILONICO
A Babilônia
tornou-se o maior império do mundo. Era senhora do universo. O reinado de
Nabucodonozor abarcou um período de 43 anos. Durante seu reinado, a cidade de
Babilônia foi embelezada. As muralhas da cidade eram inexpugnáveis, com trinta
metros de altura e dava para três carros aparelhados, com mais de 1.200 torres.
Ali havia uma das sete maravilhas do mundo antigo, os jardins suspensos da
Babilônia. Em 604 povo de Judá foi arrancado da cidade santa, e o templo
destruído. O cerco trouxe morte e desespero. As crianças morriam de fome, os
velhos eram pisados, e as jovens forçadas. Isso trouxe dor e lágrimas ao jovem
profeta Jeremias. Ele chega a dizer que mais felizes foram os que foram mortos
à espada que aqueles que morreram pela fome Lm 4.9. O povo levado ao cativeiro
se assenta, chora, curte a sua dor, dependura as harpas e sonha com uma
vingança sangrenta SI 137.1-9. O Senhor
os entregou na mão dos inimigos para serem oprimidos devido aos seus pecados e
afrontas; e Nabucodonosor leva para a Babilônia utensílios da Casa do Senhor,
príncipes e nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em
toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem
competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a cultura e a
língua dos caldeus. Para que eles venham se lembrar da palavra e voltar as suas
origens. Nós podemos fazer as nossas escolhas; mas nunca o propósito de Deus
será mudado pelas escolhas humanas, está tudo na palavra
Como nos
ensinou o Senhor Jesus Cristo:
“Mat 24:35
Passarão céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”.
DEUS DISCIPLINA
QUANDO DEIXAMOS DE OBEDECER A SUA PALAVRA
A obediência traz bênção, mas a desobediência,
maldição. Os tempos de prosperidade e crescimento de Israel foram durante o
reinado dos homens que andaram com Deus. Sempre que um rei se desviava de Deus,
o povo se corrompia e sofria amargamente. No tempo do cativeiro, o rei, os
sacerdotes e o povo estavam mergulhados em profundo pecado de apostasia
teológica e depravação moral, ou seja, impiedade e perversão.
Em vez de o rei rasgar suas vestes ao ouvir a
mensagem de Deus, rasgou a Palavra de Deus, queimou-a e mandou prender o
profeta. Sempre que os homens se endurecem e deixam de ouvir a Palavra de Deus,
o juízo de Deus vem sobre eles.
A Bíblia não foi destruída pela fogueira. Ela
tornou-se apenas mais combustível para o juízo que alcançou o rei impenitente.
A certeza do cumprimento das ameaças de Deus
sobre a desobediência deveria levar o povo ao arrependimento. A Palavra de Deus
sempre se cumpre quando promete misericórdia ou juízo. O moinho de Deus mói
devagar, mas fino. Jeoaquim pôde cortar o rolo do livro e lançá-lo à fogueira,
mas não pôde evitar o juízo de Deus sobre sua própria vida.
Foi o pecado que trouxe destruição sobre
Jerusalém. Foi o pecado que causou a destruição do templo. Foi o pecado que
trouxe a morte de tantas famílias. Foi o pecado que gerou aquele terrível
cativeiro. O pecado é maligníssimo. Só os loucos zombam dele. É horrível coisa
é cair nas mãos do Deus vivo.
Deus disciplina
Seu povo quando este substitui a obediência a Sua Palavra por uma fé mística. O
povo de Judá deixou de confiar em Deus para confiar no templo. O povo estava
seguro de que não importava como vivesse, o templo o salvaria. Eles não
aprenderam a lição da arca da aliança na guerra contra os filisteus. O povo de
Israel trouxe a arca para o campo de batalha pensando que Deus estaria com eles
e lhes daria a vitória sob quaisquer circunstâncias. Mas onde não há santidade,
não há vitória. Onde há desobediência, sobrevêm o juízo, e não a bênção de
Deus. Os sacerdotes de Israel, os filhos de Eli, eram homens impuros,
adúlteros, malignos. Eles lidavam com o sagrado, mas eram profanos. Eles
perderam o temor a Deus fazendo a obra de Deus. O resultado? A arca da aliança
foi roubada, os sacerdotes foram mortos e trinta mil homens morreram. De forma
semelhante, Deus mostra ao povo de Judá que a confiança no templo não era um
substituto para o arrependimento. O povo se reunia no templo e pensava que sua
segurança estava em sua religiosidade, não em Deus Jr 7.4. Orgulhava-se do
templo, mas vivia na prática do pecado. Deus não tolera o pecado, ainda que
camuflado de religiosidade. Deus derrama o Seu juízo sobre o pecado mesmo
quando ele é praticado dentro do templo. Os vasos do templo são profanados para
esvaziar a falsa confiança daqueles que deixaram de confiar na Palavra de Deus
para exercer uma fé mística. Quando os verdadeiros tesouros espirituais são
perdidos em nossa vida, a perda dos tesouros materiais vem como sinal da
disciplina de Deus. O povo de Deus já tinha perdido seus verdadeiros tesouros
espirituais, sua confiança em Deus e sua intimidade com Deus. Quando confiamos
em coisas, não em Deus, o Senhor pode tirar de nós as coisas para nos corrigir.
Deus tirou de debaixo dos pés do povo o alicerce em que estava confiando. O
mesmo Deus que usa a vara, também a quebra quando ela deixa de compreender que
é apenas um instrumento usado por Ele. Nabucodonozor precisou ir comer capim
com os animais porque pensou que o poder estava em suas mãos. O Senhor derrubou
a Babilônia exatamente porque o rei Belsazar zombou dos vasos do templo. Mesmo
quando o inimigo está sendo uma vara da ira de Deus para castigar Seu povo, é
Deus quem está no controle. Deus reina, quer Seu templo exista, quer não. O
templo foi destruído, mas Deus continua no trono. Os tronos da terra se abalam,
mas o trono de Deus permanece para sempre.
O profeta
Daniel é enfático: “O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de Judá” Dn
1.2. Deus está no controle da história. Até os ímpios estão a serviço dos
propósitos de Deus. O Senhor é soberano. Conforme já vimos, a cidade
conquistada, o templo saqueado, os tesouros transportados e os cativos a
chorar, tudo isso foi obra de Deus, destinada a cumprir Seus soberanos e sábios
propósitos. Nabucodonozor era apenas uma vara na mão do Deus vivo, para
castigar o Seu povo desobediente. Em Jeremias 25.9, Deus o chama de “meu
servo”. Nabucodonozor prestava seus serviços a Deus sem ter consciência disso.
Ele era senhor de quase toda a terra, mas era servo de Deus. Foi colocado sobre
os homens, mas estava debaixo da poderosa mão daquele que dirige o universo,
segundo Seus planos e propósitos. Quando o povo de Deus deixa de confiar em
Deus para confiar no braço da carne, sua derrota se torna inevitável. Para
fugir do domínio Egípcio, Judá, em vez de buscar o Senhor, fez aliança com a
Babilônia. E a Babilônia a dominou, e a saqueou, trazendo-lhe grande
infortúnio. Quando deixamos de confiar no Senhor para fazer alianças perigosas,
concessões suspeitas, entramos numa rota de colisão e caímos no abismo. Nenhum
inimigo pode ser mais perigoso para nós que os amigos que tomam o lugar de Deus
em nossa vida.
DANIEL
CAPITULO PRIMEIRO
A idolatria
e a impiedade de Judá
1 No ano
terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da
Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. 2 O
Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e alguns dos utensílios
da Casa de Deus; a estes, levou-os para a terra de Sinar, para a casa do seu
deus, e os pôs na casa do tesouro do seu deus.
Vejam como o
mundo faz as suas escolhas
3 Disse o rei a
Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel,
tanto da linhagem real como dos nobres, 4 jovens sem nenhum defeito, de boa aparência,
instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e
que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a
cultura e a língua dos caldeus.
Vejam que o
mundo lhe oferece os seus pratos; e que para tudo é necessário preparo
5
Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real e do
vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos
quais assistiriam diante do rei.
Vejam que os
nomes podem ser mudados pelo mundo; mas o coração não!
6 Entre eles,
se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. 7 O chefe
dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a
Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego.
Vejam como
devem se portar os filhos de Deus; os principes do Senhor.
8 Resolveu
Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o
vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não
contaminar-se.
Vejam que
quando resolvemos não se contaminar com o mundo; Deus age em nosso favor.
9 Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e
compreensão da parte do chefe dos eunucos. 10 Disse o chefe dos eunucos a
Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a
vossa bebida; por que, pois, veria ele o vosso rosto mais abatido do que o dos
outros jovens da vossa idade? Assim, poríeis em perigo a minha cabeça para com
o rei. 11 Então, disse Daniel ao cozinheiro-chefe, a quem o chefe dos eunucos
havia encarregado de cuidar de Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
Vejam que a
santidade traz brilho e beleza.
12 Experimenta,
peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a
beber. 13 Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a dos jovens que
comem das finas iguarias do rei; e, segundo vires, age com os teus servos. 14
Ele atendeu e os experimentou dez dias. 15 No fim dos dez dias, a sua aparência
era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das
finas iguarias do rei. 16 Com isto, o cozinheiro-chefe tirou deles as finas
iguarias e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes.
Vejam o que
recebem aqueles que não se contaminam com o mundo.
17 Ora, a estes
quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e
sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos. 18
Vencido o tempo determinado pelo rei para que os trouxessem, o chefe dos
eunucos os trouxe à presença de Nabucodonosor.
Vejam que quem
faz a vontade de Deus sempre está à frente. Os dez dias de Jejum dez vezes mais
sabedoria e inteligência.
19 Então, o rei falou com eles; e, entre
todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por
isso, passaram a assistir diante do rei. 20 Em toda matéria de sabedoria e de
inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos
do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. 21 Daniel continuou
até ao primeiro ano do rei Ciro.
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